Nos dias de hoje, o computador tem
intensificado sua presença em nossas vidas, seja no âmbito
profissional, acadêmico ou até mesmo social. Gradativamente, as
pessoas estão cada vez mais fazendo uso deste instrumento.
Essa relação entre homem e máquina
embora seja benéfica, fatalmente poderá levar as pessoas a se
tornarem reféns de sua própria tecnologia, fazendo com que o
computador deixe de ser apenas mais um meio para a execução de um
trabalho, fonte de pesquisa ou meio de comunicação, e passe a se
tornar uma necessidade para que as coisas de fato aconteçam e
progridam.
Paulatinamente, todas as áreas do
mercado de trabalho estão cada vez mais fazendo o uso de
computadores e, eventualmente, todas terão de aprender a conviver
efetivamente com eles. Aprender a trabalhar com esta tecnologia
promissora é vital não apenas para que a pessoa se sinta inserida
no mercado, mas também para que tenha consciência das limitações
e possibilidades que tal produto oferece, sendo utilizado como
mecanismo precursor de uma educação mais dinâmica e uma
aprendizagem mais consistente, por exemplo.
A máquina, por meio da
internet, permite fazer buscas aprofundadas e rápidas sobre qualquer
conhecimento disponibilizado em rede, seja ele por meio de textos,
vídeos, imagens ou até mesmo áudio. No entanto, estes recursos não
eliminam a necessidade e a importância de uma interação humana,
pois o distanciamento pessoal pode acarretar em um individualismo
generalizado, vindo a tornar as pessoas ainda mais distantes e
introspectivas perante a realidade. O meio termo deve existir: se por
um lado o computador é capaz de promover uma maior interatividade,
autonomia e irrestrição por parte da aprendizagem das pessoas, por
outro, ele pode acabar criando barreiras nas relações afetivas e
sociais que, por sua vez, possibilitam uma educação menos
dinamizada, no entanto, mais humanizada, principalmente nas escolas. Num Laboratório de Informática Educativa, capaz de instruir as pessoas
a não apenas serem “adestradas” a usar o equipamento, mas de
usá-lo a seu favor e a transmitir esses conhecimentos úteis e
práticos para os outros.
Na escola o objetivo principal é inserir os educandos de 4 a maior idade essa tecnologia, o contato, o aprendizado significativo e uma melhor preparação para o mercado de trabalho e o mundo fora dos muros da escola. Proposta que se resume a apresentar a tecnologia, de forma que esses alunos possam desbravar as ferramentas disponibilizadas, com
autonomia e liberdade, construindo sua própria aprendizagem e
usufruindo do computador da forma que lhe é mais conveniente, para o bem comum, fazendo escolhas conscientes.
Eles tem a opção de escolha, e a escola educa para que elas façam suas escolhas e impactem sua própria realidade por meio dos
contatos, experiências e aquisição de conhecimentos que esta
tecnologia permite oferecer a elas. O computador, assim como qualquer
instrumento, só precisa ser usado da maneira correta.
Para
professores que não se sentem constrangidos em aprender e que se
dispõem a participar mais efetivamente do processo de ensino e
aprendizagem com seus alunos, a presença na Sala de Informática
poderá não apenas enriquecer, e muito, a aprendizagem dos alunos
mas, principalmente, enriquecer a sua própria aprendizagem.
Ao propor uma pesquisa
aos alunos e se dispor a acompanhá-los na Sala de Informática, o
professor tem a oportunidade de avaliar conjuntamente a qualidade,
pertinência e eficácia das informações encontradas nos vários
sites pesquisados. Estando presente o professor pode interferir e
redirecionar o processo, pode corrigir, acrescentar, modificar e,
acima de tudo, aprender muito mais sobre o conteúdo que ele está
ensinando.
Questões
transversais mas de suma importância, como ética, preceitos morais
e legais, regras de comunicação e convivência, cuidados com a
privacidade própria e alheia, cidadania e responsabilidade, são
temas presentes e recorrentes em toda navegação pela web. Quando o
aluno trabalha sozinho ele tem que aprender também a lidar sozinho
com essas questões, mas estando acompanhado por um professor, que se
supõe poder orientá-lo nessas questões, ele poderá construir
melhor seu caráter e seus valores enquanto lida com “conteúdos e
comandas de trabalho”.
Além disso,
estar presente com os alunos durante a atividade não significa ter a
responsabilidade de saber usar os computadores, os periféricos, os
softwares ou o de deter conhecimentos elaborados sobre os usos e
recursos da internet. Assim como os próprios alunos, o professor
será sempre um eterno aprendiz das novas tecnologias e recursos. O
papel do professor na Sala de Informática não é nem nunca foi o de
“ensinar informática”, mas sim e tão somente o papel que ele
tem fora da Sala de Informática: o papel de atuar como professor de
sua disciplina e como educador no que diz respeito à formação
integral do indivíduo sob sua tutela educacional!
Aula de Alfabetização no LIEd "Emcor Ernesto Corradi"
Levar uma classe inteira
para a Sala de Informática também requer alguns desafios, mas que
nada têm a ver com a informática em si, e sim com a otimização do
uso dos recursos disponíveis:
Trabalhando em grupos: é a forma mais racional de contornar a falta de equipamentos. Mesmo assim, quando não for possível agrupar os alunos em um número de até no máximo quatro por computador, divida a turma em dois ou mais blocos e enquanto um bloco utiliza os computadores (em grupos de até quatro alunos), os demais blocos realizam outras atividades que não requerem o uso do computador, alternando-se os grupos durante o espaço da aula;
Organizando os tempos: é a forma mais racional de otimizar o uso da Sala de Informática de maneira a garantir o uso dos equipamentos por todos os alunos. As atividades realizadas na Sala de Informática com a presença do professor e da classe toda devem ser dimensionadas de maneira a permitir sua execução dentro do período da aula;
Preparando previamente a atividade: é a forma mais racional de garantir a aprendizagem efetiva dos alunos. Assim como em uma aula tradicional, se o professor entrar na sala de aula sem um plano de aula previamente elaborado, e permitir que cada aluno faça o que bem quiser, não haverá aprendizado algum.
Permitindo a aprendizagem colaborativa: é a forma mais racional de se obter produtividade em um ambiente onde alguns sabem mais que outros e onde o professor geralmente não é o mais capacitado para responder as perguntas específicas sobre o uso de equipamentos e softwares. Os alunos se ajudam e compartilham seu conhecimento, se sujeitam a aprenderem com os colegas e se interessam por aprender tanto quanto os mais experientes. Embarque nessa ideia!
Laboratório de Informática Educativa - Emcor "Ernesto Corradi"
Aula de Alfabetização em áudio visual com novos fones adquiridos com recurso da Escola
REFERÊNCIAS
ANTONIO, José Carlos. O uso pedagógico da Sala de Informática da escola, Professor Digital, SBO, 08 maio 2010. Disponível em: <https://professordigital.wordpress.com/2010/05/08/o-uso-pedagogico-da-sala-de-informatica-da-escola/>. Acesso em: 28/11/2016
INTERNET E NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. A influência das novas
tecnologias no processo de ensino: Vantagens e Desvantagens, 2010.
Disponível em <http://internetnovastecnologiasnaeducacao.wikidot.com/vantagens-desvanta... Acessado em 05 de outubro de 2015.
ROCHA, SINARA SOCORRO DUARTE. O Uso do Computador na Educação: a Informática Educativa, 2008. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/085/85rocha.htm> Acessado em 05 de outubro de 2015.
TOTLAB. O que é TIC?, 2012. Disponível em: < http://totlab.com.br/noticias/o-que-e-tic-tecnologias-da-informacao-e-co... Acessado em 05 de outubro de 2015.
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